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21/12/2006 - 21h49

Filme "Eragon" perde por ser muito apressado

da Redação

Divulgação

O elenco e os efeitos especiais são bons. O resto fica devendo

O elenco e os efeitos especiais são bons. O resto fica devendo

O filme "Eragon", adaptação do livro de fantasia homônimo de Christopher Paolini (leia resenha no link ao lado), tem um bom elenco, ótimos efeitos especiais e o roteiro até conseguiu reduzir a história de 480 páginas para aceitáveis 104 minutos no telão. Nem por isso o resultado final é dos melhores.

Dirigido por Stefen Fangmeier, que veio de trabalhos como supervisor de efeitos especiais em "Desventuras em Série" e "Mestre dos Mares", o filme segue praticamente a mesma estrutura narrativa do livro, dedicando-se quase que exclusivamente às seguidas descobertas do jovem herói Eragon para se transformar em um Cavaleiro de Dragões.

Eragon, interpretado pelo estreante inglês Edward Speleers encontra certo dia um ovo de dragão enquanto caçava nas montanhas. O ovo dá origem a Saphira (cuja voz é feita por Rachel Weisz em inglês e por Fernanda Vasconcelos na versão dublada), o primeiro dragão a nascer no reino em muitos anos. Sua descoberta faz dele um alvo do maldoso rei Galbatorix (interpretado por John Malkovich), que envia seus poderosos lacaios para capturar o jovem cavaleiro.

Quando a fazenda onde Eragon morava é destruída e tio é morto pelas forças do Rei, Eragon é obrigado a fugir com Saphira, ajudados pelo velho contador de histórias Brom (Jeremy Irons), que se torna uma espécie de mentor do jovem. O grupo segue em direção aos Varden, um grupo de rebeldes que combatem o rei Galbatorix.

A partir de então a história se transforma em uma correria que apresenta apressadamente desafios e personagens novos sem dar maiores explicações ou criar surpresas interessantes. Tudo para chegar a uma longa seqüência de batalha, repleta de efeitos especiais, em que Eragon enfrenta Durza (Robert Carlyle), um poderoso bruxo lacaio do rei Galbatorix.

Entre os personagens que passam correndo pela trama, estão a misteriosa princesa elfa Arya (Sienna Guillory), por quem Eragon tem uma "quedinha", e a vidente Angela, interpretada pela cantora Joss Stone.

Se por um lado o livro se demora para chegar até a grande batalha final, a adaptação para o cinema se apressa demais para mostrá-la, mas os dois trabalhos sofrem de um problema ainda mais estrutural: são parte de uma trilogia.

Assim como a primeira parte de "O Senhor dos Anéis", obra em que o trabalho de Christopher Paolini se inspira, "Eragon" termina sem chegar a grandes conclusões, com a diferença que nem a história nem a direção do filme são comparáveis à da "Trilogia do Anel".

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