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23/03/2007 - 18h32

As principais diferenças entre a HQ e o filme "300"

JOSÉ BUENO DE SOUZA
da Redação

Fotomontagem

Acima, no gibi; abaixo, no filme: espartanos empurram soldados persas que caem de um penhasco

Acima, no gibi; abaixo, no filme: espartanos empurram soldados persas que caem de um penhasco

A adaptação da HQ "Os 300 de Esparta" para o cinema é muito fiel ao original. O tempo todo pode-se ver recriações do gibi ganhando vida na telona. Mas como diz o sábio grego, "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa", e seria muito difícil fazer um filme rigorosamente igual ao gibi.

"300", dirigido e roteirizado por Zack Snyder, não é diferente. Para dar à história contornos mais hollywoodianos, foram feitas algumas alterações na trama e na seqüência em que as coisas acontecem. Nada disso prejudica o filme ou descaracteriza a adaptação, mas vale destacar algumas mudanças mais importantes.

Primeiro de tudo, as cenas de batalha. Num gibi, uma cena de batalha se resolve assim rapidinho. Com dois ou três quadrinhos uma verdadeira carnificina pode ser retratada. No cinema não é bem assim. Afinal, qual seria a graça de um filme de ação se as cenas de ação não fossem caprichadas? Pois bem, é isso que acontece em "300".

Logo que os 300 soldados espartanos chegam ao lugar que escolheram para enfrentar o exército persa começam os confrontos. E que confrontos! As lutas são longas, minuciosamente coreografadas e, claro, cheias de efeitos especiais para dar vida à impressionante habilidade dos combatentes de Esparta.

Se por um lado isso é muito legal no começo, depois de algum tempo essas lutas intermináveis podem cansar um pouco. No gibi isso foi resolvido resumindo os sucessivos confrontos a uns poucos quadrinhos que rapidamente conduzem o leitor à conclusão da história.

Outra diferença fundamental é a introdução de uma trama política entre um dos membros do conselho da cidade-estado e a rainha Gorgo. Na HQ a esposa de Leônidas é uma personagem secundária, enquanto que na versão cinematográfica ela ganha importância e passa a influenciar até mesmo as ações do Rei.
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